A expectativa é de que as políticas agrícolas, em especial o apoio a pequenos e médios produtores, contribuam para as ações de combate à fome, compromisso que Lula elegeu como o mais urgente.
Para os especialistas, alguns dos desafios dos próximos 4 anos na agropecuária serão:
- - Aumentar o orçamento das políticas de compra de alimentos da agricultura familiar: um deles é o Alimenta Brasil, antigo Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que vem sofrendo uma forte redução de recursos nos últimos anos. Essa política, que chegou a ter um orçamento de R$ 1 bilhão (em 2012), tem apenas R$ 2,6 milhões reservados para o próximo ano;
- - Reabastecer os estoques públicos de alimentos: é uma das promessas de Lula para combater a inflação e a insegurança alimentar. Essas reservas foram sendo progressivamente esvaziadas desde 2015 e, para serem retomadas, será preciso estimular o aumento da produção de alimentos básicos, como o arroz e o feijão, que perderam área de plantio para grãos de exportação (soja e milho).
- - Melhorar a imagem do agronegócio no exterior: essa frente envolve retomar e melhorar a diplomacia do Brasil com os governos de outros países, abalada nos últimos anos pela gestão do atual presidente Jair Bolsonaro. Além disso é preciso ações práticas, como combate ao desmatamento e fortalecimento das políticas de redução da emissão de poluentes na produção;
- - Fazer uma transição para uma agricultura sustentável: hoje, um dos programas federais para reduzir a emissão de poluentes da agropecuária é o Plano ABC, que consiste em conceder financiamento a agricultores que têm projetos de produção sustentável. Porém, especialistas avaliam que a iniciativa ainda é tímida.
- Aumento de recursos para políticas da agricultura familiar
Em seu plano de governo, Lula destacou que o apoio à agricultura familiar deve ser um dos pilares para combater a fome, que hoje atinge 33 milhões de pessoas.
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